quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Mercado imobiliário de Manaus tem índices acima de Rio e São Paulo

Venda do segundo trimestre do ano foi a segunda melhor da série histórica

O mercado imobiliário de Manaus fechou o segundo semestre com 40% das unidades vendidas do total comercializado. É o que mostra o Índice de Velocidade de Vendas (IVV) do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazonas (Sinduscon/AM). Foi o segundo melhor resultado da série histórica para um único trimestre. A cidade ficou acima de capitais como Rio de Janeiro, com IVV de 18,7%, São Paulo (10,20%) e Belo Horizonte (23,17%).

Das 4.361 unidades ofertadas de abril a junho, 1.751 foram vendidas. O resultado só foi menor que o último trimestre de 2009, quando 2.393 imóveis foram comercializados. Segundo o Sinduscon/AM, o preço médio do metro quadrado em Manaus é R$ 3.978,59 mil, um dos mais baixos do Brasil. No Rio de Janeiro e em São Paulo, o consumidor encontra preço médio de R$ 8 mil a R$ 6,5 mil, respectivamente.

Para o diretor-presidente da Comissão da Indústria Imobiliária do Sinduscon/AM, Antônio Newton Veras, o alto retorno financeiro dos investimentos imobiliários é um forte atrativo ao comprador local. O preço de locação varia de 0,6% a 1% do valor do imóvel. Ainda segundo o executivo, a evolução das vendas foi também reflexo do Feirão Caixa da Casa Própria, em maio, com saldo de 4.247 imóveis negociados, 43% a mais que em 2011.


Perfil dos imóveis vendidos
Os imóveis de 50 a 100 m² foram os mais vendidos no segundo trimestre. Dos 1.993 ofertados, 46,21% ou 921 foram comercializados. O levantamento mostra que o comprador do Amazonas preferiu apartamentos de três quartos com IVV de 54,70% e 675 vendas entre as 1.234 unidades ofertadas. Os imóveis com preço de R$ 100 mil a R$ 200 mil representam 43,69% do total de vendas. Dos 1.865 ofertados, 765 foram vendidos. Unidades na Ponta Negra, Adrianópolis e Aleixo foram as mais vendidas, destaque para os imóveis na planta, representando 56,8% das vendas.



Entraves
O serviço de recolhimento de resíduos, que passou de R$ 70 para R$ 250 por reservatório, e é realizado apenas pela Central de Energia e Tratamento de Resíduos da Amazônia (Cetram) é apontado como uma das dificuldades para a expansão do setor. O cancelamento das inscrições estaduais das construtoras, em 2009, por decisão judicial, que aumentou o recolhimento de ICMS de 12% para 17% na compra de insumos de outros Estados, também é visto como impasse.
Apesar dos entraves, o município de Iranduba, participando pela primeira vez da pequisa, registrou venda de 231 imóveis dos 254 ofertados.
Até o final do ano, o setor, que emprega cerca de 90 mil pessoas, deve abrir 4 mil novas vagas, segundo estimativa do Sinduscon/AM.

Fonte: D24 AM



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